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Violência contra a mulher é tema de palestra no Hospital de Trauma de João Pessoa

publicado: 15/03/2023 14h10, última modificação: 15/03/2023 16h49
Após o evento, que aconteceu na recepção administrativa da unidade de saúde, foi realizado um delicioso coffee break.
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Um tema que ainda é considerado tabu para muitos é a violência contra mulher. Pensando nisso, o Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, em alusão ao mês da mulher, realizou, na tarde desta terça-feira (14), a palestra sobre assédio e violência contra mulher, para as acompanhantes, visitantes e colaboradoras. Após o evento, que aconteceu na recepção administrativa da unidade de saúde, foi realizado um delicioso coffee break.

O Hospital de Trauma atende muitos casos de agressões físicas ao longo do ano, entre eles, muitas mulheres, e desenvolve um trabalho de parceria com a delegacia da mulher, ao notificar essas vítimas e comunicar diretamente a Polícia Civil para que seja realizado o atendimento direto. A organizadora do evento e coordenadora do Serviço Social, Keilla Medeiros, destacou que o objetivo foi chamar a atenção da sociedade para os altos índices de feminicídio.

“É um tema que precisa ser falado continuamente. A ideia foi promover um momento de interação simples, para que elas consigam identificar possíveis vítimas e criar coragem para denunciar o agressor. Algumas pessoas, apesar de identificarem a agressão, não sabem como ajudar, possuem receio de serem perseguidas pelos agressores. Mas, quando elas conseguem identificar uma rede de apoio, são impulsionadas a buscar por ajuda judicial e por proteção especializada”, pontuou.

Segundo a delegada da mulher, Amim Oliveira, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher - Deam Norte, e palestrante do evento, há ainda muita resistência das mulheres em denunciar o agressor e isso camufla os números, mas mesmo assim, ela tem percebido o aumento contínuo das vítimas na delegacia. “Abordamos na palestra os direitos, os tipos de violência, como denunciar, os canais para fazer as denúncias, se todos podem denunciar, quais os tipos de crimes que a lei Maria da Penha fala e quais os crimes que a delegacia da mulher trabalha. Queremos acabar com o ciclo da violência, por isso, queremos que essas mulheres sejam multiplicadoras dessas informações”, salientou.

A acompanhante, Raiane Soares, já vivenciou a violência na sua própria casa e achou essa palestra de grande importância. “Hoje em dia acompanhamos nos noticiários, o aumento da violência contra as mulheres. Elas sofrem caladas, têm medo e vergonha. Muitas até falam, porém, acabam dando mais uma chance ao companheiro e voltam a conviver com o agressor. Vivenciei a violência na minha casa e acho muito triste. Já tentei ajudar a minha parente, mas ela tem medo. Acho muito importante esse tipo de palestra, que seja o ano todo, acredito que essas palavras podem tocar o coração de alguma mulher e tirá-la dessa realidade”, ponderou.