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Hospital de Trauma de João Pessoa realiza Semana de Prevenção à Sepse

publicado: 14/09/2022 18h02, última modificação: 14/09/2022 18h07
Com o objetivo de mobilizar todos os profissionais da unidade sobre esse grave problema de saúde pública.
Hospital de Trauma de João Pessoa realiza Semana de Prevenção à Sepse

Hospital de Trauma de João Pessoa realiza Semana de Prevenção à Sepse

A sepse é a principal causa de mortes nas unidades de terapia intensiva (UTI) em todo mundo, afetando 30 milhões de pessoas, dessas, entre 6 e 9 milhões morrem, de acordo com o Instituto Latino Americano de Sepse. Pensando nisso, o Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, realiza entre os dias 12 e 16 de setembro, a Semana de Prevenção da Sepse com o objetivo de mobilizar todos os profissionais da unidade sobre esse grave problema de saúde pública.

Para o diretor-geral da instituição, Laecio Bragante, o hospital já vem realizando um trabalho contínuo e integrado entre equipes de diferentes setores para evitar problemas como a sepse. “Sabemos que a sepse pode ser bastante difícil de identificar, por isso, é muito importante o diagnóstico rápido por todos os profissionais de saúde. “Os sintomas da sepse são comuns a várias outras doenças. Muitos pacientes com sintomas não procuram ajuda médica por pensarem que estão com algum outro problema. Eles são encaminhados para os hospitais apenas em situações graves, quando o quadro se torna difícil de reverter e os riscos de morte são muito altos”, ressaltou.

A médica infectologista, Aline Pinheiro, explicou que a semana foi pensada em virtude do Dia Mundial da Sepse, comemorado em 13 de setembro de cada ano. “É uma oportunidade para as pessoas em todo o mundo se unirem na luta contra essa doença, responsável por milhões de mortes em todo o mundo anualmente. Além disso, a data é uma oportunidade para aumentar a consciência pública para este desastre de saúde pouco conhecido, e também para mostrar apoio e solidariedade para com os milhões de pessoas que perderam seus entes queridos para a doença”, lembrou.

Segundo a coordenadora de Enfermagem da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), Luana Tenório, a sepse representa um grave problema de saúde no Brasil e o diagnóstico precoce pode ser decisivo para salvar vidas. “O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são de extrema importância para minimizar a incidência de disfunção de múltiplos órgãos e morte. Então, a realização de ações educativas é de extrema importância, principalmente dentro das áreas hospitalares em que atuamos no cuidado e segurança dos pacientes. A conscientização está em nossas mãos!”, esclareceu.

Durante toda a semana, os colaboradores participam de palestras nos próprios setores. A programação inclui, além de distribuição de brindes, orientação sobre a lavagem correta das mãos com o apoio da equipe do Núcleo de Segurança do Paciente. O funcionário Carlos Souza achou importante ouvir sobre a sepse. “Muito boa a palestra, pois sabemos que o diagnóstico rápido pode salvar muitas vidas. Os vídeos e as dicas sobre a lavagem das mãos foram muito interessantes. Ainda bem que vim logo no primeiro dia da abertura”, salientou.

A sepse é também conhecida por septicemia ou infecção generalizada é uma inflamação exacerbada do próprio organismo contra uma infecção que pode estar localizada em qualquer órgão. Essa inflamação pode levar ao mal funcionamento de um ou mais órgãos, com risco de morte, quando não descoberta e tratada rapidamente.

Cerca de 80% das infecções que levam à sepse são contraídas fora do ambiente hospitalar. As mais comuns são: pneumonia, infecções urinárias, infecções abdominais, infecções na pele, infecções em feridas e meningite.

Segundo Laecio Bragante, qualquer pessoa pode ter sepse. “No entanto, pessoas com o sistema imunológico enfraquecido têm mais chances de sofrer com esse problema. Entre elas estão os adultos com mais de 60 anos de idade, crianças com menos de um ano de idade, pessoas com doenças crônicas do pulmão, fígado e coração, pessoas com Diabetes e AIDS e pessoas sem o baço”, pontuou.