Notícias

Hospital de Trauma melhora a qualidade de vida dos pacientes com investimentos em cuidados paliativos

publicado: 07/10/2022 17h18, última modificação: 07/10/2022 17h22
Aproveitando o Dia Mundial dos Cuidados Paliativos, celebrado neste dia 08 de outubro, foi realizada uma palestra, com o pessoal da Assistência, no auditório da Funad.
Hospital de Trauma de João Pessoa melhora a qualidade de vida dos pacientes com investimentos em cuidados paliativos

Hospital de Trauma de João Pessoa melhora a qualidade de vida dos pacientes com investimentos em cuidados paliativos

Resgatar a humanização da Medicina, com foco no paciente, e não na doença, é o princípio da equipe de cuidados paliativos do Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa. Formada há um ano e três meses, ela vem se destacando por apresentar bastante pontos positivos em sua atuação na unidade de saúde. E aproveitando o Dia Mundial dos Cuidados Paliativos, celebrado neste dia 08 de outubro, foi realizada uma palestra, com o pessoal da Assistência, no auditório da Funad.

De acordo com o coordenador da Comissão de Cuidados Paliativos, o médico Alexandre Magno, o cuidado paliativo pode ser definido como uma abordagem para dar dignidade e alívio ao sofrimento dos pacientes com doenças graves que ameaçam a vida. “O fato de parentes e pacientes terem a chance de aproximação neste momento, durante o processo de cuidados paliativos, significa a valorização dos laços familiares e a chance de conforto. “Consideramos importante ter a oportunidade e o benefício de ver a pessoa enferma e poder se despedir dos pacientes que estão no hospital”, afirmou.

A Comissão já atendeu mais de 200 pacientes, além de seus familiares. Segundo o setor de Estatísticas da instituição, a maioria deles são oriundos da Grande João Pessoa e são vítimas de Acidente Vascular Cerebral Isquêmico ou Cerebral. Para Alexandre Magno, esse trabalho tem sido muito gratificante. “Quero aproveitar para agradecer a direção do hospital pela iniciativa e expressar o meu orgulho em fazer parte dessa equipe – que só nos engrandece como seres humanos – e pelos excelentes resultados já alcançados”, ressaltou.

O coordenador da equipe ainda explica que essa comissão se dedica a atender pacientes em estágio final e seus familiares, cuidando dos sintomas físicos, emocionais, sociais e espirituais da doença. “A partir da abordagem dos cuidados paliativos, reconhecemos os pacientes que não irão se beneficiar da alta tecnologia médica e buscamos trazer o máximo de conforto para estas pessoas. Por exemplo, ter a família ao lado em tempo integral e evitar que estejam ligados a tubos sem necessidade”, completou.

Para o coordenador de enfermagem do setor de Emergência, Jamerson Rodrigues, a comissão só agregou ao trabalho de todos. “A equipe é muito coesa e qualificada, possuindo a força técnica e humana para transmitir para as pessoas, sejam elas mais humildes ou mais esclarecidas, as informações necessárias sobre o paciente, inclusive a aceitação da morte”, pontuou.

Já a coordenadora de Psicologia da unidade de saúde, Alice Vieira, o Hospital de Trauma precisava dessa equipe. “Um pouco mais de um ano, essa comissão provou que é muito bem preparada, principalmente, num momento de dificuldade e despedida do ente querido. A gente da psicologia estamos na retaguarda para apoiar a equipe, por meio de uma escuta ou num apoio familiar. Quero dar os meus parabéns a Comissão de cuidados Paliativos por ajudarem as famílias que irão enfrentar um luto”, comentou.  

Segundo a enfermeira da comissão, Eva Porto, a abordagem terapêutica de cuidados paliativos tem beneficiado os médicos e outros profissionais da saúde. “Conseguimos perceber o amadurecimento da equipe em relação à morte, pois os pacientes nos ensinam muitas coisas. As nossas experiências são únicas com cada um deles. Eles nos ensinam a valorizar a nossa existência e a compreender que a morte é o último e mais sublime evento da vida. Em geral, o profissional da saúde se frustra com a perda de um paciente, e quando isso acontece, é porque ele está focado na doença. Quando tratamos o ser humano, nós sempre ganhamos”, avaliou.